quarta-feira, 9 de junho de 2010

Aventura em Minas Gerais!

OOOOOLLLLAAAAA!!!!

Antes de qualquer coisa, não tenho nem mais como dizer que é um retorno porquê isso já virou piada velha... rss Mas por outro lado tomei a decisão de reservar um mínimo tempo para mim, e isso incide em tocar mais guitarra, jogar um Counter Strike ou uma corrida no RFactor e como dá para perceber, escrever mais também.

Neste post descreverei minha viagem para um cidadezinha em Minas Gerais no feriado de Corpus Christ, o nome dela é Nepomuceno e fica 90km depois de Varginha e acho que uns 400 de São Paulo (Google Maps: http://is.gd/cBlI8 ) , olhando o tamanho dela pelo nosso famoso mapa on line, dá para perceber que excesso de habitantes não é a virtude de lá...
Agora a pergunta, o que eu fui fazer lá??? Bom, obrigado por perguntar! Fui na casa dos pais de um casal de amigos para participar de uma digna festa junina na roça! Agora chega a parte interessante... Como que eu cheguei lá...



Primeiro Ato: A ligação...
Para chegar em Minas é só pegar a Fernão Dias toda vida que um dia você chega lá, aí quando já estava bem próximo de Varginha, resolvi usar nossas maravilhas da telefonia móvel para perguntar como chegar na bendita casa. Entreguei meu celular para minha esposa e disse: "Liga ai enquanto eu encosto o carro ali na frente". Ótimo, até aí tudo maravilhosamente perfeito.
Ela pelejou, pelejou até que conseguiu e me passou o telefone. Pegueio-o e aguardei que o referido nº discado atendesse.

(Um adendo: Tecnologia é maravilhosa, ainda mais quando se usa corretamente...)

Pois bem, atenderam e como a voz era conhecida, nem me dei o trabalho de perguntar quem está falando, ainda mais quando o número ligado é algum que teoricamente estaria na agenda...
"Opa, tudo bom?" eu disse como minha saudação padrão, o interloucutor respondeu: "Oi! Tudo bem? Satisfação falar com você!" Pronto, começamos a conversar da mesma maneira de uma amizade de anos de duração. Falei em tom de brincadeira que estava indo visitar uns amigos mineiros (claro, estando em minas, eu não ia visitar um Potiguar...), até que no calor da conversa ele me diz: "Faz o seguinte, me liga daqui a pouco que eu estou ocupado aqui no trampo. Tudo bem?" Na hora dei uma travada e pensei: "Trampo?????" Respondi que não tinha problemas e desliguei. Agora a dúvida, como ele estaria trabalhando em Minas se o trabalho dele é na Zona Leste aqui em SP??? Virei para a minha linda esposa e perguntei: "Você ligou pro número certo????" Conferimos e vimos que o código de área estava errado e eu estava conversando com uma pessoa de Belo Horizonte que eu não faço idéia de quem seja e que deve estar até agora esperando minha ligação de volta...

Ligamos novamente (só que agora para o número correto) e consegui falar com o pessoal para perguntar como chegava na casa pois depois de 1 ano eu não lembrava o caminho. A resposta obtida foi simples e direta: "Põe no GPS ué!" Tudo bem, acatei a solicitação.

Segundo Ato: O Caminho perdido.
Liguei o Igo no meu celular (bem melhor que o Destinator que usava antes) e para minha surpresa a cidade que eu ia é tão grande que tem apenas 1 CEP para a cidade e assim, claro que eu não conseguiria procurar o nome da rua...

(Mais um "outro" adendo: Tecnologia é maravilhosa, ainda mais quando se usa corretamente...)

Como não tinha escolha, coloquei para chegar no centro da cidade e nem me preocupei na forma com que o GPS calculou o caminho e fui embora.
Passei por dentro de Varginha e saí em uma estradinha que não parecia passar muitos carros. Era estreita, tipo um vai e um vem sem nem faixa no chão ou qualquer placa. Ela tinha alguns buracos consideráveis e como bem obervado pela minha esposa, o asfalto era daqueles que dava para ver que tinha sido feito a pelos menos uns 50 anos atrás, mas o GPS mostrou o caminho então vamos seguir nele!
Desvio de um buraco aqui, outro ali e para minha surpresa, o asfalto simplesmente acabou e começou a estrada de terra... Eu pensei: "Deve ser só um pedacinho..." e segui em frente.
Andei, andei, andei e quem disse que a estrada terminava???? Meu Deus! Sou apaixonado por F1 e Rally, mas não seria com o meu carro sem nenhum preparo para isso que eu queria fazer uma experiência dessa...
Pois bem, continuei mato adentro. Olhando na tela do GPS dava para ver apenas 2 coisas, um caminho laranja que eu estava seguindo e todo aquele fundo verde igual de roupas camufladas do exército, não poderia esperar coisa diferente estando no meio do mato como eu estava.
Depois de andar bastante a uma esplendorosa velocidade de 40km/h, isso onde dava porquê sempre aparecia aquele monte de pedras que fazia o meu carro pular mais que um cabrito bravo. Esbravejei e xinguei o suficiente para o momento, mas claro que tudo internamente, pois como que eu ia falar que nem o programa do GPS sabia onde estava. Perante essa alegria toda em destruir a suspenção do meu carro, resolvi parar para esvaziar o meu tanque e fazer um xixizinho básico. Como nem grilo passava naquela estrada, parei o carro no meio dela mesmo e desci. Quando olhei para o meu carro, a primeira coisa que pensei foi: "Nossa, não lembro de ter pintado ele de amarelo...", pois é, tinha tanta terra nele que ele simplesmente mudou de cor. Ignorei esse fato e fui contemplar minha vontade íntima em liberar um pouco de água do joelho.
Incrivelmente foi eu colocar o meu menino pra fora e iniciar o procedimento, apareceu um carro na estrada para passar justamente onde o meu estava parado! Era o que faltava... Fiz uma força lascada para um super jato rápido, inevitavelmente respinguei na calça e tênis e saí correndo para dentro do carro falando as coisas mais belas que poderiam me vir a cabeça. Para a minha surpresa, foi eu sair com o meu carro e andar uns 10mt, o carro que quase me fez explodir a bexiga pela força que fiz, simplesmente sumiu!!! Não é possível... Cadê as cameras? Só pode ser pegadinha isso. Beleza vai, com um total de 35km na terra, voltei ao asfalto e achei a cidade!!! Ah, esqueci de mencionar um detalhe, no meio do caminho o meu celular começou a mostrar que ia acabar a bateria, também não era para menos, eu não tinha carregado ele antes, sem sinal nenhum de operadora, com o GPS ligado e a tela ligada direto também, não tinha como durar tanto tempo, ta certo que isso me veio quase que como um laxante decorrente do susto, me segurei e segui.

Terceiro Ato: Informações super corretas.
Quando entrei na cidade ignorei o GPS pois ele me mostraria somente o centro da cidade e fui perguntar como chegava no endereço que eu queria. Encontrei uns senhores conversando em uma esquina, parei, abri a janela do carro e soltei a saudação básica: "Opa!" Um deles olhou, levantou, caminhou até o meu carro e para minha surpresa, apoiou na porta e colocou a metade do corpo pra dentro do carro e me disse: "Oi, tudo bom? Como você está?", espantado respondi que estava bem e perguntei se ele conhecia a rua Felipe Capelo, ele pensou um pouco e respondeu "Felipe? Conheço, conheço sim, você vai pra lá?" educadamente respondi que ia, ele continuou "Conheço sim, inclusive a esposa dele morreu semana passada" NOSSA, esposa??? Putz, ele pensou que eu me referia a uma pessoa chamada Felipe... Tudo bem vai, mesmo assim perguntei como chegava lá, ele levantou o braço e ficou apontando com a mão como se não lembrasse qual era o lado direito e esquerdo e ficou falando: "Você pega ali praaa.... praaa... praaa (e nada de sair a "esquerda"), interrompi e perguntei se estávamos em Nepomuceno e ele respondeu: "Nããããooo, aqui é Carmo da Cachoeira." Não é possível, eu ainda estava na cidade errada... Perguntei então como que eu chegaria na cidade correta, ele novamente levantou o braço e começou de novo com o: "Você vai praaa... praaaa... praaa..." ESQUERDA, eu disse e ele desintalou: "Isso, e vai sentido a Belo Horizonte" Nossa, a explicação dele me ajudou tanto quando um óculos para um cego... Agradeci e fui procurar.
Andando um pouco na cidade, vi lá em baixo uma estrada e fui em sua direção. Para minha surpresa, quando cai na estrada de novo, entrei novamente na rota do GPS, nessa hora ouvi mentalmente o aparelho me dizendo "Vai trouxa, não confia em mim...", mas como eu ainda não estava 100% seguro e não queria voltar para uma estrada de terra, em um trevo próximo eu perguntei para um rapaz de bicicleta se por ali eu chegava no meu difícil destino, ele prontamente me respondeu: "Rapaizzzz, eu também não sou daqui e não sei onde fica isso não..."
Que dificuldade... Confiei na rota, vimos uma placa para Belo Horizonte e fomos. Caímos em uma outra estrada (que por sinal era a Fernão Dias e de onde eu não devia ter saído...) com um trânsito forte por causa de um acidente, ao passar do lado do Resgate perguntamos rapidamente se eu sairia em Nepomuceno e ele confirmou dizendo que estava logo ali... Nem precisa dizer como que é o logo alí mineiro, mas por fim cheguei na cidade, achei a casa com o pessoal já na rua esperando por mim e por fim cheguei ao meu destino.
Pela cor do meu carro, o Tiago me perguntou: "Rapaz, por onde você passou???" eu respondi "Meu, você nem imagina..."
Depois de tudo, calculei o caminho inverso que tinha feito (de Nepomuceno para Varginha) e para minha surpresa, a rota foi novamente pela mesma estrada de terra!!! Pensei um pouco e lembrei de ver qual o tipo de rota que estava sendo calculada e vi que era a mais "Curta", e realmente era, pois quando coloquei a mais "Rápida" a rota foi pela Fernão Dias! No final das contas o caminho mais curto me economizou 17km, mas por outro lado, um caminho que seria 40min levou 2h e sem falar que tive que trocas as bandejas do meu carro e ainda estou com um folga na caixa de direção pela ótima qualidade dos buracos e pedras da estrada de terra.

Mas tudo bem, fora isso passei um final de semana maravilhoso com pessoas muito importantes para mim e no final tudo valeu a pena e rendeu umas boas risadas.

Abraços e até a próxima.

2 comentários:

Oração e Trabalho disse...

Caramba em camarada, essa vc sofreu....

Mônica Séfora disse...

Amei o texto!
Afinal pude acompanhar quase na hora do acontecido...rs!
Ainda bem que valeu a pela festa, e da próxima vez vamos no mesmo horário ok?? Assim não corre o risco de mais uma aventura pelas Minas Gerais!
Bjão!
Mônica